Por mais que se diga que a China está ocidentalizada, a China é diferente. No modo de agir, no modo de pensar, no modo de sentir, é diferente. Quantas vezes os estrangeiros reunidos num bar com uma cerveja na mão dizem que os chineses não têm sentido de humor, que não são maduros, que não sabem aproveitar... Os chineses, por outro lado, fazem comentários sobre os ocidentais que muitas vezes soam completamente irreais. Desconhecimento cultural? Incompreensão civilizacional? Talvez...
O facto é que vivo na China há quase sete anos, um quarto da minha vida (estou a facilitar quem tem curiosidade sobre a minha idade), e considero ter uma imagem dos chineses que vai para além da superfície. Desde o início que têm insistido que nunca poderei ser completamente chinês – para minha felicidade, não é dos objectivos que me propus quando vim viver para aqui. Mas sempre pensei que poderia interpretar os gestos, expressões e costumes com maior profundidade – explicar, não descrever.
Veio então a ideia deste blog, maturando desde longo tempo no lado criativo da mente, abafado durante mais tempo pela veia preguiçosa – não transportava sangue suficiente para o cérebro trabalhar – e precisamente quando tinha histórias das minhas aventuras aqui na China (não, não conheci o Superhomem, as minhas aventuras são mais rotineiras), puseram-me novamente a dúvida que o que falo sobre a China tem o preconceito europeu – os chineses diriam ocidental – escrito a letras garrafais.
Reconheço que o que digo aqui é subjectivo – se fosse objectivo não seria tão interessante – mas não quero estar errado. E estarei errado se as minhas conclusões são postas em causa porque a minha referência é europeia, e por isso, novamente, superficial. Nasce deste modo a dúvida: até que ponto estamos a ser etnocêntricos ao avaliar as diferenças culturais? Até que ponto gostaria que estrangeiros comentassem sobre o meu país como se o que sabem eles é o mais correcto?
Por isso, o que quer que escreva neste blog, será sempre de um ponto de vista de aclamação da diversidade, de curiosidades para europeus, e nunca para julgar, criticar ou ofender. Só pretendo perceber, compreender, e poder explicar. O que aponto como diferente é para lusófono perceber, não para declarar a verdade. Como defensores da verdade já temos quantos bastem pelo mundo fora.
Nada de sentimentalismos patrióticos. Nada de emotividade. Apenas diferenças de opinião, possíveis explicações, curiosidades e notas. Que esta mensagem sirva de prefácio ao blog.
O facto é que vivo na China há quase sete anos, um quarto da minha vida (estou a facilitar quem tem curiosidade sobre a minha idade), e considero ter uma imagem dos chineses que vai para além da superfície. Desde o início que têm insistido que nunca poderei ser completamente chinês – para minha felicidade, não é dos objectivos que me propus quando vim viver para aqui. Mas sempre pensei que poderia interpretar os gestos, expressões e costumes com maior profundidade – explicar, não descrever.
Veio então a ideia deste blog, maturando desde longo tempo no lado criativo da mente, abafado durante mais tempo pela veia preguiçosa – não transportava sangue suficiente para o cérebro trabalhar – e precisamente quando tinha histórias das minhas aventuras aqui na China (não, não conheci o Superhomem, as minhas aventuras são mais rotineiras), puseram-me novamente a dúvida que o que falo sobre a China tem o preconceito europeu – os chineses diriam ocidental – escrito a letras garrafais.
Reconheço que o que digo aqui é subjectivo – se fosse objectivo não seria tão interessante – mas não quero estar errado. E estarei errado se as minhas conclusões são postas em causa porque a minha referência é europeia, e por isso, novamente, superficial. Nasce deste modo a dúvida: até que ponto estamos a ser etnocêntricos ao avaliar as diferenças culturais? Até que ponto gostaria que estrangeiros comentassem sobre o meu país como se o que sabem eles é o mais correcto?
Por isso, o que quer que escreva neste blog, será sempre de um ponto de vista de aclamação da diversidade, de curiosidades para europeus, e nunca para julgar, criticar ou ofender. Só pretendo perceber, compreender, e poder explicar. O que aponto como diferente é para lusófono perceber, não para declarar a verdade. Como defensores da verdade já temos quantos bastem pelo mundo fora.
Nada de sentimentalismos patrióticos. Nada de emotividade. Apenas diferenças de opinião, possíveis explicações, curiosidades e notas. Que esta mensagem sirva de prefácio ao blog.
2 comentários:
sobre o "de curiosidades para europeus", brasileiros tambem podem?
É aberto a todos, mas o ponto de vista é de um europeu :p
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